quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Música Computadorizada

Música Computadorizada

Como sempre demoro bastante pra postar alguma coisa no neste blog, não que ele esteja abandonado, eu sempre entro e vejo as visitas e recebo emails de internautas e sempre que posso, os respondo, na verdade, nada mais é do que falta de tempo mesmo, final do ano as coisas sempre ficam meio cansativas o excesso de trabalho decorrido pelo ano inteiro, pesa bastante, principalmente quando as férias estão próximas!

Mas a um bom tempo já tenho conversado com algumas pessoas, músicos, professores, amantes e ouvintes da música, sobre a música eletrônica, e surpreendentemente encontrei opiniões diversas, nos diferentes seguimentos, tanto entre os profissionais da música, aos que tem a música como hobie, e aos que são somente ouvintes e amantes.

Como todos sabem, tenho uma opinião muito forte sobre isso, e eu ainda creio, que a música eletrônica ou computadorizada não é de todo perdido! Mas claro, salvo suas exceções.

Eu creio que a música (músico também) e a tecnologia sempre andarão juntos, sendo um cúmplice da outro, vemos historicamente desde os primórdios da música moderna ou seja, da música elétrica, com guitarras, contra baixos, amplificadores, microfones, ou mais antigo um pouco o nosso órgão elétrico, com o passar dos anos veio se reduzindo e facilitando assim o seu transporte.

Vimos no decorrer dos anos que na década de 40 e 50 após a Segunda Guerra Mundial, forçou-se o desenvolvimento tecnológico em vários níveis, que mostrou um grande progresso no desenvolvimento da música eletrônica, O clima econômico e de desenvolvimento, incentivou várias instituições entre elas emissoras de rádio e estúdios musicais, e então se estabeleceram diferentes correntes para a música eletroacústica, que duram toda a segunda metade do século XX.

A partir do fim da década de 1950 o termo música eletroacústica começa a ser adotado. Ele designa a música de instrumentos acústicos gravados, cujas gravações podem ser manipuladas, combinadas, montadas e superpostas.

Falando em tempos modernos ou seja, da minha geração no final da década de 70 e início da década de 80 houve grande interesse na inovação em instrumentos de música eletrônica, amplamente pela substituição dos sintetizadores analógicos por versões digitais, além dos primeiros samplers. Na época os samplers eram, tal qual os primeiros sintetizadores, espaçosos e caros, mas em meados da década de 1980 foram desenvolvidos para tornarem-se mais disponíveis aos músicos.

Similarmente aos samplers, a música eletrônica foi amplamente difundida a partir da década de 1980 através da popularização dos computadores pessoais. A partir de então era possível emular as funcionalidades de instrumentos musicais ou de sintetizadores através da criação, manipulação e apresentação virtual de som. Percebeu-se que diferentes equipamentos não conseguiam comunicar-se entre si devido à diferenças em suas tecnologias. Para solucionar o problema foi criado o MIDI, um protocolo de comunicação destinado a comunicação, controle e sincronização de informações de aúdio entre dispositivos como teclados, sintetizadores e processadores de som. Concebido mais ou menos em 1908, futuramente padronizado, o MIDI tornou-se um dos padrões mais notáveis da indústria da informática e atualmente é aceito na maioria dos equipamentos de áudio e instrumentos musicais eletrônicos. O advento dessa tecnologia permitiu que um simples comando ativasse qualquer dispositivo do estúdio remotamente e em sincronia, respondendo de acordo com as condições predeterminadas pelo compositor.
Tudo isso foram coisas que acrescentaram grandemente para o músico, até o ponto que chegaram a música eletrônica dançante, e com o sucesso da música disco, na década de 70 e 80, este seguimento musical foi levado ao desenvolvimento de novas ramificações como o Techno, House, e o Trance, a partir daí surge um novo seguimento, marcado não somente pela música, mas por várias pessoas que levam como um estilo de vida marcado pelas raves, e pelos DJ.
Ponto Crítico:
Encontrei em várias estâncias um grave ponto de discórdia entre todos os seguimentos, ate mesmo entre os amantes da música eletrônica.
Um dos pontos (o qual eu acredito), que a música exerce algumas funções para se tornar arte e se tornar música acima de tudo.
. A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo (ou seja por outra visão, Melodia Harmonia e Rítimo). É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
. A música não é ruído. O ruído pode ser um componente da música, assim como também é um componente (essencial) do som. Embora a Arte dos ruídos teorizasse a introdução dos sons da vida cotidiana na criação musical, o termo "ruído" também pode ser compreendido como desordem. E a música é uma organização, uma composição, uma construção ou recorte deliberado (se considerarmos os elementos componentes do som musical). A oposição que normalmente se faz entre estas duas palavras pode conduzir à confusão e para evitá-la é preciso se referir sempre à idéia de organização. Quando Algumas bandas ou compositores adicionam ruídos de trânsito ou maquinas trabalhando, barulhos da natureza, deve-se entender como algo intencional do artista.
. A música não é totalizante. Ela não tem o mesmo sentido para todos que a ouvem. Cada indivíduo usa a sua própria emotividade, sua imaginação, suas lembranças e suas raízes culturais para dar a ela um sentido que lhe pareça apropriado. Podemos afirmar que certos aspectos da música têm efeitos semelhantes em populações muito diferentes (por exemplo, a aceleração do ritmo pode ser interpretada frequentemente como manifestação de alegria), mas todos os detalhes, todas as sutilezas de uma obra ou de uma improvisação não são sempre interpretadas ou sentidas de maneira semelhante por pessoas de classes sociais ou de culturas diferentes (o que não acontece com a música eletrônica, Psy, trance, house etc. etc. e tal...).
Vejo que á uma grande discordância, se a música eletrônica é realmente válida. Eu considero a arte da música apenas aquela que possa trazer sentimentos de uma forma não sistemática através de instrumentos musicais manipulados fisicamente. Entendo que, o processo de manipulação de faixas de música anteriores (envolvendo elementos como amostras de som e mixagem) não constitui um processo válido de criação de música, mas sim uma mera cópia.
Por definição a música eletrônica, é toda música criada através de aparatos computadorizados, ou seja, como eu posso chamar de músico um DJ que ao menos obtém uma noção musical? Pois ao que percebo todos são iguais, qual a diferença entre um DJ e outro? Você já ouviu falar de alguém que foi em alguma Rave para ver Tal DJ tocar? Creio eu que na verdade qualquer um pode fazer esse trabalho, desde que tenha uma percepção musical, e entre todo o processo do trabalho de um DJ, sempre vai ser necessário, o trabalho de um Músico de verdade, para gravar os samples com um instrumento de verdade, para gravar linhas de voz, e outros instrumentos que nunca um computador possa emular.
O que mais me assombra, é a multidão de pessoas que esse estilo atrai, isso me mostra o quão pobres de cultura a nossa geração esta se tornando, ir a um lugar porque todo mundo vai, ouvir ruídos seqüentes durante 20 ou mais horas, e voltar pra casa da mesma maneira que saiu, sem nada a ser acrescentado.
Eu ainda acredito que a verdadeira essência, ainda vai permanecer, sempre e sempre, pois ainda existirão remanescentes da música que sabem distinguir o que é bom e o que realmente acrescenta pra vida ou não, muitos podem falar que é uma maneira somente de se divertir, claro concordo, mas por favor não rebaixem a música a esse estágio, a música é muito rica, infinita, por isso creio que não dá pra chamar de música a música eletrônica.


OBS: Alguns textos extraídos do Wikipédia e hiperlinks direcionádos ao site para maiores informações

http://www.wikipedia.org/